top of page

Ao bailar das flores


Caminhávamos em um parque, onde toda a natureza era bela, mas nunca alcançaria a mesma beleza e paixão que vinha de você. Os seus encantadores olhos, o seu sorriso contagiante e cada palavra falada, tocava cada vez mais o meu coração, que ao soar de sua fala, escutava brilhantíssimas notas de uma canção apaixonante, que desde que lhe conheci tive a plena certeza de ser a pessoa pelo qual procurava e meu coração sentia que iria aparecer.

Neste parque, a cada diálogo que tínhamos uma nova flor surgia, mas nunca aquela que eu estava esperando.

Ao seu lado, tudo se transformava, nossos corações eram os mesmos, nossas vidas se multiplicavam, criando sempre uma nova história, e por isso, a cada caminho que seguíamos, trilhávamos uma nova narrativa.

Como da última vez, ao tocarmos junto com o piano e a flauta naquela sala, uma das flores, soavam a mesma canção. Foi incrível, como se vivêssemos aquele momento novamente naquele instante.

Nos aproximamos e vimos qual flor era: um jardim de flores de laranjeiras. E logo compreendi o que ela queria nos dizer. O teor de suas cores, a canção por ela tocada, a simbologia nela presente, significava amor eterno.

Ao nos olharmos, era aquele sentimento em nossa vida desde que nos conhecemos e passamos a conviver. Nosso coração refletiu encantadoramente o que aquele jardim afirmava sobre nós. Ao baterem mais rápidos, ele nos levava a um novo caminho para outro jardim.

O caminho que ele nos trilhou foi para um jardim de tulipas vermelhas. Belíssimas flores que combinavam com as cores de seus maravilhosos lábios e ao chegarmos, lhe abracei e suavemente a beijei, sentindo em nosso coração, o nosso amor perfeito.

Novamente, continuamos seguindo pela estrada de flores, vimos um estonteante jardim de urzes rosas, onde refleti a extrema boa sorte de estar com você e a importância de sempre protegê-la.

Entretanto, novamente ouvimos a mesma canção que tocamos na sala e que o jardim das laranjeiras soou anteriormente, a “Canon in D” de Pachelbel.

Continuamos caminhando, e quando nos aproximamos da música, avistamos o maravilhoso jardim que estava em nossa frente. Totalmente colorido, onde todas as cores refletiam o nosso amor sobre nós.

Naquele momento, lhe abracei novamente, e puxei sua mão. Quando soou o primeiro ato da melodia, suavemente começamos a bailar aquela brilhante canção, que sobre o vento, as flores acompanhavam a nossa paixão.

Não conseguia descrever o que estava sentindo naquele momento, apenas deixava o nosso coração dizer a nós próprios. A cada passo, toque e sentimento, nos encantávamos mais e quando se aproximava do final, abracei-lhe novamente, levemente como cada nota tocada na sinfonia, no qual, a flores acompanhavam nosso bailar.

Ao olhar no jardim, vi uma das flores que lhe prometera que encontraria logo que nos conhecemos. Apesar de estarmos abraçados, fui te levando cada vez mais perto do jardim e sem que percebesse, adentramos o caminho das maravilhosas flores.

Pedi para que você virasse e visse a surpresa que o nosso bailar nos ofereceu.

Você atendeu e viu um encantador jardim de orquídeas coloridas. Cada uma delas possuía um significado, mas a principal de todas, aquela que eu gostaria de lhe entregar estava entre elas, e por mais incrível que pareça, era um casal, que em nosso coração havia a certeza, éramos nós. Era um casal de orquídeas cinzas, e nelas estava escrito:

" Au son de la chanson, danse l'amour éternel du couple merveilleux.".


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page